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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Testemunhas de acusação dizem jamais ter visto Riva recebendo dinheiro


Na tarde desta quinta-feira, 23, a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ouviu depoimentos de testemunhas de acusação no processo referente a operação Imperador.

Ao longo da tarde quatro testemunhas foram ouvidas: os empresários Wilson da Silva Oliveira (Grafitte) e Augusto Cesar Menezes e Silva (Uze), do sargento Arlindo Santos Macedo e do tenente-coronel da Polícia Militar, Evandro Ferraz Lesco.

Os depoimentos, no entanto, pareciam mesmo de testemunhas de defesa e não de acusação. Os empresários confirmaram ter recebido cheques dos donos da Livropel, Elias Abrãao, e do seu irmão Jean Carlos nassardem. Mas negaram qualquer suspeita acerca dos editais de licitação da Assembleia Legislativa, das quais participaram várias vezes.

Os depoimentos dos militares chamaram mais a tenção justamente porque afirmaram que o nome de José Riva jamais foi mencionado nas escutas telefônicas, nem jamais foi registrado qualquer encontro entre o ex-presidente da Assembleia e os donos da Livropel.

Segundo ambos depoentes, tudo terminava em Edemar Adams, ex-secretário da Assembleia. Era no prédio em que ele morava que os depoentes viram os irmãos Nassardem entrar com pastas e sair sem nada nas mãos. Perguntados se viram eles com dinheiro nas mãos, ambos negaram. Eles também disseram que durante toda a investigação nunca o nome de José Riva foi mencionado.

Chamou atenção ainda o fato de o tenente-coronel Evandro Lesco, ter se desligado há três meses do Gaeco e hoje trabalha como ajudante de ordem do governador Pedro Taques (PDT). Quando o advogado de defesa questionou o motivo dessa decisão de deixar o Gaeco, a promotoria interrompeu-o abruptamente para impedir o depoente de responder.

O depoimento e Júnior Mendonça foi tomado na quarta-feira,22, e também não teve nenhum peso contra José Riva no processo em tela. Mendonça confirmou que fez empréstimos a Riva, que deu sua casa como garantia. Nada a ver com a Assembleia Legislativa.

A promotoria terá que apresentar muito mais que suposições para conseguir a condenação do réu. Ao ouvir os depoimentos, a dúvida que vem à mente é sobre a periculosidade do ex-deputado, mantido preso a mais de dois meses com o argumento de que poderia interferir na investigação e destruir provas. Se as testemunhas de acusação nada viram, as escutas não envolvem seu nome e muito menos sua voz (de Riva), a prisão parece um tanto desproporcional, quiçá desnecessária.

Fonte> Caldeirão Político

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