Por Enock Cavalcanti
Me desculpem, mas eu não concordo com o Congresso em Foco. O senador Pedro Taques não é essa maravilha toda da qual alguns falam, como se, dado o seu desempenho de senador, a gente pudesse já dizer que ele é o novo Cavaleiro da Esperança, renascido em Mato Grosso. Ele tem tido um bom desempenho mas ainda não está à altura daquele candidato-fenômeno que conseguiu mais de 700 mil votos nas urnas de Mato Grosso. Eu, com o meu olhar torto, continuo achando que está faltando Pedro Taques falar das crises políticas e dos conflitos que estamos vivendo em Mato Grosso. Afinal de contas, foi esta perspectiva - de que ele iria colocar decididamente o dedo nas feridas políticas e administrativas de nosso Estado - que fez dele um fenômeno de votos.
Ninguém votou no Pedro Taques para ele virar apenas um crítico feroz do ministro Lupi. Esse papel tem muita gente, no Senado e na Camara Federal, capaz de exercer. Bater no Lupi, nesta altura do campeonato, com toda a grande mídia remando contra o aloprado ministro do PDT, é muito fácil.
O Pedro Taques deveria perceber que tem coisa que só ele pode fazer, em nome dos cidadãos atentos deste Estado. Ele, inclusive, goza de proteção legal para falar com muita enfase. O que eu gostaria de ver, por exemplo, seria uma contribuição de Pedro Taques para que a gente desenrole este caso tão enrolado do desvio de dinheiro na compra dos Maquinários, que já virou uma novela e, mais recentemente, passou a enrolar também o Ministério Público de Mato Grosso.
Eu me lembro que um dos motes de Pedro Taques, em sua campanha foi bater no "MT 100 Equipado e 20% roubado". Quando Pedro falava desta história nos seus discursos, a platéia ia ao delírio, todo mundo vibrava diante daquele homem que ousava desafinar o coro dos contentes, atropelar o que diziam os caititudes de Riva na Assembléia e os jornais amigos e os jornalistas amestrados. Sim, Pedro Taques teve a coragem de questionar e expor uma ação de Blairo Maggi, o governador pretensamente sem mácula, demarcando o terreno político em que pretendia atuar.
Por isso é que eu, na minha santa ingenuidade, imagino que hoje, com o Pedro Taques botando o dedo na ferida, as coisas seriam mais fáceis, por exemplo, para esses jovens que, enfrentando a chuva, sairam às ruas de Cuiabá, numa grande Marcha contra a Corrupção, em pleno feriado de 15 de novembro, quando o mais natural seria que eles estivessem por aí, curtindo um festinha ou um dos muitos torneios esportivos, ou abraços ecológicos que esta turma do Riva e dos políticos tradicionais gosta de promover em Mato Grosso, para ir distraindo a patuléia com relação àquilo que realmente interessa.
Lá na Marcha contra a Corrupção também estavam alguns promotores de Justiça que resolveram se solidarizar com o protesto popular. Sim, na minha modesta opinião, ali estava a vanguarda social que é quem promove ou motiva as mudanças numa determinada sociedade. As pessoas estão sabendo que as coisas continuam muito desajustadas em Mato Grosso. Só que nem todo muito tem a tempera necessária para reagir e fazer História. Seria importante, num momento como esse, que viesse lá do Senado Federal algum apoio logístico no esclarecimento destes escandalos todos pelos quais se esvai o sofrido dinheiro do contribuinte matogrossense.
Para quem vibrou com o recente duelo verbal entre o Lupi e o Alvaro Dias, eu digo que minha curiosidade seria ver um duelo verbal, aberto e franco, do Pedro Taques, em pleno plenário do Senado Federal, cobrando de Blairo Maggi as explicações que ele cobrava do então governador na campanha eleitoral.
E se o Pedro Taques foi o procurador da República que processou o então governador Jaime Campos por desvio de recursos que deveriam ter sido aplicados na construção do Hospital Central de Cuiabá - por que é que o agora senador Pedro Taques não fala mais disso? Por que é que Pedro Taques, nessa questão, botou o rabo entre as pernas?
Não sei se estou certo, mas essas são questões que estão na minha cabeça. Não sei se outras pessoas se preocupam também com estas coisas. O que sei é que busco sempre o melhor das pessoas. Eu quero de Pedro Taques tudo aquilo com que ele nos fez sonhar quando falava nos palanques eleitorais. Ou aquele Pedro Taques era outra pessoa?
Lembram? Na campanha, Pedro Taques aconselhava, em vistosos cartazes: "Os homens de bem não devem ficar em silencio". Mas silêncio com relação a Blairo Maggi e Jayme Campos pode?
Por Enock Cavalcanti do blog - http://paginadoenock.com.br
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domingo, 20 de novembro de 2011
Pedro Taques peita Lupi, coitado, em quem todo mundo tá batendo. Taques, todavia, não falou nada, até agora, sobre possível envolvimento do seu colega Maggi no Escândalo dos Maquinários - e sobre crise em que mergulhou o MP de MT por causa deste escândalo
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