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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hoje em dia virou moda cometer assassinato, se apresentar e ser liberado. Veja um conto que tem quase tudo a ver com a realidade.

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei
que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de
casa.

Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves
ruidos que vinham la de fora, até ver uma silhueta
passando pela janela do banheiro.

Como minha casa era muito segura, com grades nas
janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito
preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão
ali, espiando tranquilamente.

Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o
meu endereço.

Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já
estava no interior da casa. Esclareci que não e
disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto
para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que
fosse possível.

Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz
calma:

- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho
guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua
cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do
resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos
humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava
olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante
da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e
disse:

- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.

Eu respondi:

- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém
disponível.