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sexta-feira, 10 de junho de 2011

De tropeço em tropeço, PT de MT vai se transformando em partido de 2ª linha. Ságuas diz estar triste por perder vaga para um ficha suja.

Quem fala é o mesmo Ságuas que ajudou a enfiar o PT em um dos palanques mais repletos de fichas sujas de todo o Brasil

Desde que foi hegemonizado pela corrente política liderada pelo professor e ex-deputado federal Carlos Abicalil e pelo atual deputado estadual Alexandre César, o Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso segue de queda em queda. Deixou de pretender se firmar como legítimo representante dos trabalhadores mais conscientes e mais organizados para se transformar em mera linha auxiliar do partido controlado pelos grandes empresários e grandes empresários de Mato Grosso. Desde 2008, quando resolveu entrar com tudo no governo controlado pelo PR, o PT de Mato Grosso virou um dos muitos partidos que gravitam em torno de Maggi, um espécie de PRTB metido a besta, se limitando a catar as migalhas que caem da mesa dos poderosos de plantão. Deixando, por outro lado, de abraçar e defender as bandeiras que interessam à maioria dos trabalhadores de nosso Estado. Basta ver, neste momento, de que lado estão a petista que representa o PT na Secretaria de Educação de Mato Grosso e os trabalhadores que sustentam a greve geral liderada pelo Sintep.

Um dos mais recentes e sentidos golpes sofrido pelo PT, em nosso Estado, foi a perda de sua representação na Câmara Federal dado o adiamento da entrada em vigor da Lei da Ficha Suja. O STF permitiu que fossem validados os votos dados ao ex-oficial da PM William Dias, o que elevou o coeficiente da coligação capitaneada pelo PSDB, levando Nilson Leitão para a Câmara Federal e tirando de lá o médico Ságuas Moraes.

Ságuas Moraes, diante do veredito que o afastou da Camara Federal, se lamentou esta semana, nos jornais, dizendo que foi muito triste perdeu a vaga por causa de um ficha suja como o William Dias - que é um militar muito denunciado pelo seu possível envolvimento na matança de jovens marginalizados nas periferias de Várzea Grande. Qual! É óbvio que não fica bem ao ex-deputado Ságuas Moraes espernear, agora, contra os fichas sujas, já que ele, Ságuas, não teve o menor pudor de arrastar o alquebrado PT para o palanque eleitoral, em Mato Grosso, que foi um dos mais repretos de fichas sujas de todo o Brasil.

Basta dizer que, ao lado de Ságuas, na última campanha, lá estava o deputado mais processado do Brasil, que fez campanha eleitoral, inclusive, na condição de parlamentar cassado por corrupção eleitoral pelo TRE nas eleições de 2006, que é o deputado José Geraldo Riva - acusado pelo Ministério Público de desviar dos cofres da Assembléia Legislativa de Mato Grosso a quantia astronômica de cerca de 500 milhões de reais. Uma debacle total para o PT que surgiu falando em mudar a política e os políticos.

Enfim, Ságuas e o PT colhem hoje apenas o que plantaram. Quando era preciso que o PT se afirmasse cada vez como um partido diferente, o PT de Ságuas, Alexandre e Abicalil (e, infelizmente, também o PT de Serys, que também apoiou a aproximação com Maggi que antes combatera) achou que era mais vantagem ser um partido como outro qualquer. O PT se enfraqueceu e perdeu importância porque se envolveu, até o talo, com os fichas sujas da política de Mato Grosso. O que Ságuas Moraes deveria lastimar era isso: que pena o PT perder importancia política por causa de suas próprias e equivocadas escolhas, definidas por uma maioria partidária que gravita em torno dele e de seus parceiros da corrente Construindo um Novo Brasil.

Enock Cavalcanti do Página do E

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