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terça-feira, 26 de abril de 2011

Nosso lendário Clementino Petrenko, conhecido por todos por “Tino”. Por Julio Cesar & Dulcinéia Morimã(Cuiabá)


Ele portador da síndrome de Down, tinha características físicas, que lhe era específica devido a síndrome que o afligia, contudo, possuía mais semelhanças do que diferenças com todos nós que convivemos junto a ele, na mesma cidade. Falar-se em características físicas seria somente importante para médicos fazer diagnósticos clínicos específicos, porém, a sua presença não tem nenhum outro significado.

Nem sempre uma pessoa com síndrome de Down apresenta todas as características. A diversidade humana é uma realidade que nós não podemos negar mediante práticas discriminatórias, veladas ou explícitas.

Todos são responsáveis não apenas por nossas individualidades, mas também por tudo o que se passa na sociedade. Somos todos imperfeitos. Não há entre nós uma única pessoa que não seja realmente especial na acepção da palavra utilizada pelos especialistas e estudiosos que se aprofundaram em pesquisas sobre as necessidades próprias dos deficientes.

Verdadeiramente falando, somos de alguma forma, também deficientes. Alguns escutam menos. Outros enxergam com o auxílio de próteses conhecidas como óculos ou lentes de contato. Há aqueles que falam com dificuldade. Tantos outros apresentam dificuldades para aprender. E existem alguns anjos especiais que vieram para a Terra a fim de nos fazer aprender a língua do amor, aquela que mais pode nos aproximar da perfeição de Deus. Esses anjos são pessoas com deficiências mentais ou físicas que conseguem transformar a existência de seus pares nesse planeta (seus familiares, professores, médicos e amigos mais próximos, além dos meramente chamados apenas de conhecidos) e lhes fazer vivenciar a mais profunda, verdadeira e infinita realização divina na terra, o amor desprendido, aquele que não demanda nada em troca de uma enorme dedicação, apreço e carinho.

Assim é que nosso querido Clementino Petrenko ficou conhecido por todos os moradores de nossa cidade de Porto dos Gaúchos. Um “SER ESPECIAL” ... Ele sim, era um ser especial que sentiu o amor nas veias que lhe pulsavam; que tinha admiração sempre quando dizia: Viva o FLAMENGO!!!; que sempre caminhou sozinho pelas ruas da cidade; que muitas peripécias fez, com o único intuito de apenas chamar a atenção de seu próximo.

Ser especial era ser como ele..., tendo luz, sentindo a calma em sua tenra solidão, deixando que a angústia não lhe derrubasse, tendo ainda, forças para lutar pela vida enquanto pode.

“TINO” era nosso “ser especial” que tinha alma pura, força nos braços, que as vezes nos fazia derramar lágrimas sem dor. Sabia sorrir da tristeza quando ela lhe angustiava, sabia caminhar sozinho, sabia ouvir o silêncio, sabia calar na multidão.

Pessoa pura, que nunca nos causou constrangimento os que não fossem superados. Enfim, rogamos a Deus que receba tão boa alma e que lhe mostre o caminho que o leve ao encontro do equilíbrio, ao caminho que o deixe em paz com os teus, ao caminho que lhe faça voltar para dentro como se buscasse a luz interior, que tantas vezes o deixou na escuridão.

A todos nós, que convivemos com nosso querido ser especial “Clementino Petrenko”, resta-nos rogar que ele descanse em paz, sob as graças de DEUS!

3 comentários:

  1. Tive o Prazer de ser amigo do Tino; Me pedia muitos cigarros,lembro-me como se fosse hoje...!
    Muito boa pessoal,Também gostaria de Lembrar de minha amiga Ruti.

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  2. Tambem me lembro da Ruti quando morava em Porto. fiquei sabendo a tempos atras que ela tambem já faleceu.??

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  3. Ola! não sei quem é vc, mas realmente a Ruti faleceu acho que em 2000 ou 2001.

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