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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pedro Taques e a Ong Moral; Por ADEMAR ADAMS


O senador Pedro Taques recebeu na última segunda-feira (18), seis dirigentes da Ong Moral para uma conversa aberta. Falamos sobre seu mandato, as expectativas e primeiras atitudes do ex-procurador da República que foi o maior responsável pela prisão do bicheiro Arcanjo e pelo começo das descobertas das falcatruas na Assembléia Legislativa.

Pra começar, devo registrar a diferença de atitudes deste parlamentar com o outro coestaduano que integra o arco mais a esquerda da nossa representação em Brasília.

Digo isto porque após a primeira eleição do meu amigo Zico (deputado Valtenir), a seu convite fomos para uma reunião no escritório dele em Cuiabá. Na hora marcada lá estávamos eu e o Gauchinho (Gilmar Brunetto) esperando a vez. Ficamos ali das 19 às 22 horas, no maior chá de banco que levei na minha vida, sem sermos recebidos. Não houve pedido de desculpas, marcação de outra data, nem nada...

Cara a cara com Taques fomos soltando os cachorros nele. Cobrei o almoço com Maggi em Manso, por causa dos “100% equipado 20% roubado” e pelo simbolismo perante o povo. Cobrei a sua posição madrugadora no Senado na questão do Césare Battisti. O debate foi acalorado, ele justificando sua posição técnico-jurídica e eu a minha, factual e ideológica. Sem consenso, aventou-se a possibilidade de um debate público sobre o tema, por sugestão do Enock, único blogueiro a questionar a posição do pedetista nesse complexo tema internacional.

Cobrei dele atitudes diferentes de Serys e Valtenir, que fizeram nas duas casas do Congresso um silêncio ensurdecedor sobre a corrupção na Assembléia em Mato Grosso. A senadora porque devia favores de campanha, após ter voado com o Baixinho (às expensas do erário) atrás de votos. O deputado pessebista por falta de peito para enfrentar os corruptos. Nem falei de Abicallil, pois, o PT dele grudou em Riva igual carrapato em lombo de burro magro.

Sobre isso, Taques assegurou que não fugirá de denunciar a corrupção, tema símbolo de suas lutas. Disse que tem feito referências ao assunto em diversas oportunidades, mas que não pode ser monotemático e que Riva é muito pequeno para ser o principal tema de um mandato na Câmara Alta.

Todos os demais colegas fizeram questionamentos ao senador, mas não tenho espaço para falar de todos e vou deixar que cada um conte a sua versão dos casos que ponteou.

Faço apenas uma referência à dureza da fala do advogado-chefe da União, Cláudio Fim, que com conhecimento de causa discorreu sobre dois antros de corrupção neste país que são a Funasa e o Incra e cobrou atitudes do parlamentar.

Após duas horas de reunião, com muita gente na ante-sala esperando a vez, saí dali satisfeito. Um senador que recebe gente da sociedade, que com a cara e a coragem bate duro na corrupção neste estado, disposto a ouvir críticas, não é pouca coisa. Serys durante oito anos nos ignorou. E se Taques pediu um pouco de paciência para os seus 80 dias de mandato, está com razão. Deve existir mesmo uma montanha de sonhos pendurados no seu mandato e não desiludir a maioria deve ser um trabalho hercúleo.

Ademar Adams, jornalista, é dirigente da Ong Moral - Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania, em Cuiabá, Mato Grosso.


Fonte:paginadoenock.com.br

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