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domingo, 24 de abril de 2011

Sobre o PSD de Riva e companhia, Daniel Lopes escreve: O Brasil não precisa de mais partidos, precisa de mais políticos sérios é honrados.


Vem ai o número 28.Por Daniel Lopes

Segundo a história narra, em 1963 o General Francês Charles de Gaulle afirmou que o Brasil não era um país sério. Acredito que ele se equivocou.

O Brasil é sim um país sério, quem não é sério é a grande maioria de nossos representantes, e por conseqüente também boa parte dos que os elegem. Ao olharmos o site do TSE, veremos que no Brasil existem até a data de hoje 24 de Abril de 2011, exatos 27 partidos políticos, e dentro de muito em breve veremos surgir o PSD (Partido Social Democrático) como o 28º partido político Brasileiro.

Os novos salvadores da nação certamente farão uma grande festa com bandeirolas, camisetas, belas recepcionistas, sorrisos, para... Não mudarem absolutamente nada, pois ao contrário do que querem nos fazer acreditar esses senhores, não é partido político que muda as coisas, mas sim pessoas com boas intenções e vontade de honrar o mandato eletivo, e isso infelizmente é algo a ser procurado com lupa. A fundação desse “novo partido” com as mesmas caras tem o único objetivo de proporcionar a troca partidária e o ajuntamento de interesses pessoais, sem o risco da perda do mandato em curso, conforme convenientemente eles colocaram na lei.

Não há na fundação de um partido como esse, preocupação com os pagadores de impostos, seu único objetivo é a manutenção de um sistema que perpetua os mesmos finórios de sempre no poder. Vejam a tradução da sigla PSD (Partido Social Democrático), que com a inclusão de um “B” ficariam idêntica ao já conhecido PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e sua bandeira ideológica, a “social democracia”. Ora então porque os fundadores do PSD simplesmente não foram filiar-se no PSDB? É um caso emblemático, e o Brasil terá dois partidos com a mesma ideologia (social democracia), mas um de oposição ao governo Dilma e outro que vai lhe beijar a mão.

Qual o sentido disso? Nenhum, pois nossos representantes não estão nem aí para lógica de qualquer natureza nas trocas partidárias, e a grande massa ignóbil de eleitores nem fica sabendo disso. Aliás, a maioria absoluta dos eleitores nem entende isso, pois em nosso país não se vota por ideologia partidária, mas sim no candidato e é por isso que vemos políticos que eram da antiga ARENA e hoje são “PT desde criança”. Como num verdadeiro samba do crioulo doido, muda-se de partido e de ideologia como se troca de roupa, atendendo as conveniências pessoais e nada mais.

Veja o caso do ex pagodeiro Netinho, que foi candidato ao senado no estado de São Paulo pelo PC do B (Partido Comunista do Brasil). Será que o pagodeiro é um comunista convicto? É ele a favor da “Ditadura do Proletariado”? É o pagodeiro a favor da estatização dos meios de produção? Claro que não e acho que ele nunca nem passou perto de uma das obras de Karl Marx ou Friedrich Engels. Muito provavelmente o que se levou em conta na hora da filiação foi simplesmente “a chance de se eleger” e mais nada. O pagodeiro é apenas um exemplo de como partido nada representa a não ser uma formalidade e duvido que um em cada cem políticos saiba o que reza o estatuto de sua agremiação, ou se ao menos se deu ao trabalho de ler quais são os objetivos de seus partidos.

Esses estatutos partidários geralmente são cópias de outros estatutos onde frases manjadas como - Lutar pela geração de emprego e renda; Gerar desenvolvimento econômico- social; Apoiar os Governos na efetiva implantação de... - são frases para dar volume ao papel, e depois são jogados em alguma gaveta de seus escritórios. O Antigo PL (Partido Liberal) fundiu-se com o PRONA do trovejante Enéas, e então numa simbiose inexplicável voltou como PR (Partido da Republica), mas se olharmos as ideologias partidárias, PL e PRONA estavam em campos totalmente opostos, ou alguém acredita que Enéas Carneiro era um liberal de carteirinha? Tudo isso não tem nenhum sentido, pois as ideologias do PL e do PRONA, não tinham nada a ver, no entanto eles se juntaram.

Dessa bizarra criação saiu algo ainda mais bizarro, o palhaço deputado Tiririca, eleito pelo PR. Aqui em MT o presidente da Assembléia, e garoto propaganda do “novo partido”, vai então para o sexto partido político, pois nos idos de 1983 foi eleito pelo PDS prefeito de Juara, depois veio para a capital pelo PMN, passou pelo PTB, PSDB e já dizendo adeus ao PP, para “servir ao povo” no PSD. Talvez isso só explique sua paixão pelas três letras afinal o PDS onde iniciou sua carreira política tem as mesmas letras do “novo partido” PSD. Nessa balburdia nem partidos com causas simpáticas escapam, pois sem espaços eles acabam tendo de juntarem-se em coligações esdrúxulas, onde podemos ver gente ligada ao agronegócio – força motriz do desmatamento - ao lado dos defensores da causa verde.

Lamentavelmente a maioria dos eleitores desta nação não elege ninguém por ideologia partidária, e esse “novo partido” vai ser apenas mais uma sigla para dar sustentação ao governo do PT, que um dia já foi o Partido dos Trabalhadores e que atualmente tem em seus quadros um enorme contingente de políticos fichas suja. O outrora combativo PT, nos dias atuais acha normal presentear cantores com dinheiro público, e a cantora Baiana Maria Bethania, sabendo disso não se fez de rogada e captou pelo Ministério da Cultura, um milhão e trezentos mil reais para fazer um blog de poesia. Que Lindo! Toda essa pequena fortuna para fazer um blog de poesias.

O que diriam os petistas se isso fosse feito nos governos passados? Como se vê partido político é apenas um meio para alcançar poder e o resto é apenas detalhe. Quando George Orwell escreveu o livro “A revolução dos bichos” ele estava tendo uma visão do que o poder faz com quem o atinge, e de como é fácil mudar de ideologia quando se chega a ele. Criado para garantir o poder aos mesmos de sempre, este partido que já nasce manchado pela presença de políticos fichas suja, será também mais uma sigla a dar apoio ao partido que chegou ao poder sob a égide dos trabalhadores, mas que governa para banqueiros e para o capital internacional. Mentindo e ludibriando o povão com siglas como PAC e outros, escondem um país tomado pela corrupção e caos em áreas como a saúde, para ficar só neste exemplo.

O Brasil não precisa de mais partidos, precisa de mais políticos sérios e honrados.

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