Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é um ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), sociedade de economia mista brasileira controlada pelo governo do Estado de São Paulo, que se tornou famoso após ser citado pela candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em um debate com o tucano José Serra na Band, em 10 de setembro.
De acordo com Dilma, Paulo Preto teria fugido com R$ 4 milhões da campanha de José Serra, uma denúncia que havia sido publicada em 13 de agosto pela revista Istoé na reportagem “Um tucano bom de bico”.
Durante o debate, Serra não comentou o assunto e, em evento em Goiás no dia 11 de outubro, afirmou, segundo o portal Terra, que “nunca tinha ouvido falar” em Paulo Preto. “Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado”, disse Serra.
No dia 12 de outubro, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma entrevista com Paulo Preto na qual ele afirmava que Serra o “conhecia muito bem”. “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”, disse Paulo Preto.
Essa e outras declarações foram interpretadas pelo jornal O Estado de S. Paulo como uma espécie de “ameaça velada” a Serra, que na tarde do dia 12, em evento no interior de São Paulo, saiu em defesa a Paulo Preto. “A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro da campanha por parte de ninguém”, disse. No mesmo dia, de acordo com o portal R7, Paulo Preto decidiu processar os integrantes do PSDB que o acusam de ter desviado os R$ 4 milhões da campanha de Serra.
Em 13 de outubro, a Folha revelou que o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou em um e-mail que Paulo Preto é “incontrolável”. No mesmo dia, José Serra, questionado novamente sobre o tema, se indispôs com um jornalista do jornal Valor Econômico e encerrou a entrevista coletiva que concedia.
Em maio de 2010, Paulo Vieira de Souza foi citado em reportagens das revista Veja e Época. A primeira chama Paulo Preto de O ‘homem-bomba’ do tucano Aloysio Nunes, eleito senador por São Paulo por 11 milhões de votos. Segundo a revista, ele teria sido investigado pela Polícia Federal no âmbito da operação Castelo de Areia e teria recebido propinas da construtora Camargo Corrêa. A mesma denúncia trazia a segunda revista na reportagem “Ecos do buraco tucano”.
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